As conexões cerebrais do bebê dentro do útero são identificadas pela primeira vez

Uma nova técnica abre as portas para que possamos conhecer um pouco mais a fundo o que acontece no cérebro fetal. Pesquisadores de Detroit conseguiram identificar pela primeira vez as conexões cerebrais do bebê dentro do útero da mãe.

Para isso, eles usaram uma técnica conhecida como ressonância magnética funcional (RM), um tipo de scanner que permite visualizar em tempo real os sinais de comunicação entre diferentes partes do cérebro do feto.

O estudo envolveu 110 mulheres grávidas que estavam entre as semanas 24 e 38 de gestação e acompanhadas após o nascimento para relacionar seu desenvolvimento com o que observaram no útero.

É uma técnica pioneira que, sem dúvida, abre o caminho para a investigação do funcionamento do cérebro do bebê desde que as primeiras conexões neuronais são estabelecidas.

Os cientistas fizeram um mapa da conexão neuronal em que observaram que áreas do cérebro que estão na mesma área, mas em lados opostos, tinham conexões mais fortes quando a distância entre elas era menor.

À medida que as crianças crescem, as conexões cerebrais viajam distâncias maiores. Os resultados mostram que as conexões cerebrais nos fetos cobrem distâncias mais curtas antes que as conexões cerebrais mais longas e mais distantes possam ser programadas.

O que se pretende no futuro é use-o para detectar distúrbios neurológicos, como autismo, transtorno do déficit de atenção com hiperatividade ou dislexia, que se acredita surgir de uma interrupção na comunicação do sistema cerebral.

Assim, com a detecção precoce, poderia ajudar a identificar um desenvolvimento cerebral anormal anterior e desenvolver tratamentos específicos.