Existe abuso de parto cesáreo?

Muitas mulheres têm medo de cesariana. Outros, por outro lado, preferem fazer cesariana e evitar episiotomia. "Eles dormem e você acorda com seu filho nos braços", dizem os defensores. "Não intervenha no momento maravilhoso para ajudar seu bebê a nascer", dizem os detratores. A verdade é que, hoje, essa prática geralmente é feita, para alguns, demais.

Onde estavam os métodos naturais? A OMS (Organização Mundial da Saúde) é de opinião que a extensão dessa prática é tal que a qualificação da epidemia poderia muito bem ser aplicada. As porcentagens de partos cesáreos atualmente, estão bem acima dos 15% aprovados pela OMS, que considera desnecessárias a maioria das práticas.

Há quem acredite que algumas clínicas optam por cesariana com a menor complicação por medo de uma queixa, se algo der errado. Ou que há uma tendência para planejar o nascimento que implica em um número maior de cesarianas, pois se a indução falhar, a seguir é a cesariana. Não é por acaso que o dia em que a maioria das cesarianas é praticada é sexta-feira. Teoricamente, isso é feito quando existe uma causa que impede o parto vaginal ou que significa um risco para a mãe ou o bebê. Um em cada quatro bebês na Espanha nasce por cesariana e as causas mais frequentes são: doenças da mãe, como pré-eclâmpsia ou doença cardíaca, má posição do feto (nádegas ou posição transversal), placenta prévia ou sofrimento fetal. Outro menos comum pode ser a desproporção entre o tamanho do feto e a pelve da mãe, a idade avançada da mãe.