Depressão da mãe durante a gravidez pode afetar o cérebro do bebê

Não é segredo que a depressão durante a gravidez é agora mais comum do que nas gerações anteriores. Do ritmo da vida às expectativas falsas e irreais que as redes e revistas sociais criaram para nós, muitas mulheres se vêem tendo problemas de depressão enquanto esperam um bebê.

Em várias ocasiões, falamos sobre como a saúde emocional e mental da mulher grávida afeta seu filho, e um novo estudo descobriu que sofrer de depressão durante a gravidez pode afetar o cérebro do bebê.

Publicado na revista JAMA Pediatrics, o estudo descobriu que sofrer de depressão e ansiedade durante a gravidez pode alterar o desenvolvimento cerebral das crianças, que coloca sobre a mesa a importância de cuidar da saúde mental das mulheres desde a gravidez.

Um grupo de mães foi solicitado a preencher questionários com perguntas sobre sintomas de depressão ou ansiedade durante o terceiro trimestre da gravidez. Verificou-se que cerca de metade deles sofria de depressão leve, enquanto grupos menores apresentavam sintomas de depressão moderada ou depressão grave.

Mais tarde, quando seus bebês tinham um mês de idade, foram submetidos a uma ressonância magnética, na qual se constatou que havia mais alterações na estrutura cerebral dos bebês cujas mães sofreram níveis moderados e altos de depressão durante a gravidez. Essas alterações foram detectadas na estrutura da substância branca do cérebro, que atua como uma ponte de comunicação entre as diferentes regiões do cérebro.

Os pesquisadores concluem que este estudo destaca a importância do período pré-natal no desenvolvimento inicial do cérebroe sugira que a estrutura da substância branca subjacente existe esteja associada aos sintomas de depressão e ansiedade na gravidez.

Estudos como esse continuam nos lembrando que é importante cuidar não apenas da aptidão física, mas também monitorar, assistir e tratar a saúde mental das mulheres durante a gravidez.