Metade das mulheres grávidas, sem trabalho

A Fundação Madrinha acaba de apresentar um estudo chamado Mobbing materno na Espanha sobre a situação das mulheres grávidas no local de trabalho.

Infelizmente, o relatório mostra que a crise pela qual estamos passando é um momento ruim para as trabalhadoras que serão ou serão mães.

Não é que antes eram bons tempos, já que o assédio moral materno no trabalho sempre existia, mas no ano passado a coisa parece ter piorado.

Um dos dados mais preocupantes que emerge do relatório é que metade das mulheres grávidas "sofre uma penalidade no ambiente de trabalho, quando decidem ser mães". Ou seja, por uma coisa ou outra, metade das mulheres grávidas está desempregada. Como sabemos, os números de desemprego estão aumentando de maneira alarmante na Espanha e a situação das gestantes, um dos setores mais desfavorecidos nessa área, é ainda mais afetada.

Se uma em cada quatro mulheres que engravidaram foi despedida antes, ou seja, 25%, agora o percentual chega a 37%, somando 12% das mulheres que nem conseguem entrar no mundo do trabalho porque estão grávidas.

É triste ver que a crise contribuiu para alimentar a grande insensibilidade existente no mundo do trabalho contra as mulheres que decidem ser mães. É decepcionante ver que, longe de avançar, recuamos nas políticas trabalhistas e de conciliação familiar.