Honduras proíbe punição física

Nos países onde o abuso infantil é legalmente aceito, ainda há um longo caminho a percorrer, uma vez que a aceitação legal é adicionada à aceitação social. Estamos felizes em saber que em Honduras, o castigo físico já é proibido, dando assim mais um passo na erradicação desse abuso.

Até agora, apenas três países da América Latina proibiam o castigo físico: Uruguai, Venezuela e Costa Rica, e agora Honduras se junta a essa proibição necessária.

A Save the Children e outras ONGs participaram de consultas, revisões e rascunhos para pressionar por uma reforma da lei que incluísse a menção de “humilhação de castigos físicos”.

Acabar com o castigo físico Em casa, nas escolas e em qualquer lugar, envolve reformas legais e várias iniciativas que ajudam a mudar atitudes e práticas sociais, algumas delas muito enraizadas e que aceitam o abuso normalmente.

Somente isso explica que, de acordo com a Save the Children, três em cada quatro crianças experimentam e vivem com métodos de disciplina violenta em sua própria casa e apenas uma em cada dez crianças vive em um país onde punições físicas e humilhantes são proibidas em espaços cuidados alternativos (exceto a casa da família).

O abuso mata 80.000 crianças por ano na América Latina, mas não é um problema com fronteiras ou exclusivo para qualquer continente. Recentemente, descobrimos que mais de 18 milhões de crianças sofrem abuso na Europa, segundo a OMS.

Na defesa dos direitos da criança, torna-se necessário a proibição de abuso infantil, como Honduras já fez. Esperamos que a lista de países legalmente intolerantes com essa punição continue a crescer, uma vez que é inaceitável em qualquer caso e lugar.