Exame de sangue para detectar pré-eclâmpsia

A pré-eclâmpsia é um distúrbio da gravidez que aparece entre o segundo e o terceiro trimestre, afeta 15% das mulheres grávidas e é caracterizado por um aumento da pressão arterial.

A origem do problema não é conhecida com certeza, embora esteja relacionada a algumas causas possíveis, como uma deficiência de vitamina, um componente genético ou uma deficiência molecular. A pré-eclâmpsia deve ser controlada adequadamente, caso contrário, representa um risco sério para a mãe e o bebê. Se não for tratado a tempo, poderá causar problemas no funcionamento do sistema de coagulação sanguínea materna, representando uma ameaça à vida de ambos. Pode desencadear o parto prematuro, desenvolver complicações no nascimento e até causar a morte do bebê.

Sua detecção é muito importante. É por isso que toda vez que vamos à consulta pré-natal, eles tomam nossa pressão arterial. Mas, aparentemente, haveria uma maneira mais eficaz de detectar no primeiro trimestre da gravidez o risco de sofrer pré-eclâmpsia. Através de um exame de sangue que detecta os níveis de proteína VEGF165b, que acredita-se ter influência na pré-eclâmpsia.

A notícia foi dada pelos autores de um estudo realizado por cientistas da Universidade de Bristol (Inglaterra), que encontraram um aumento na proteína VEGF165b às doze semanas de gestação em mulheres com gestações normais, enquanto em mulheres que desenvolveram pré-eclâmpsia dificilmente havia uma elevação dessa proteína.

Ou seja, se for detectado que os níveis não aumentaram, é mais provável que a paciente sofra pré-eclipsia nos últimos trimestres da gravidez.

Segundo especialistas, detectá-lo a tempo permitiria aspirina, o que reduz a incidência de pré-eclâmpsia em 15%. Sem dúvida, a detecção precoce seria um avanço significativo no tratamento da doença.